sexta-feira, 7 de junho de 2013

Nas costas

Plantada à beira do mesmo precipício, me pergunto o que me impede de sumir. Horas passam e eu não me sinto mais em casa, não me sinto mais na rua, não me sinto mais no meu corpo. Ganhei massa, Estou usando óculos, meu palato arde, minha língua dói, meus ouvidos não escutam, minhas vértebras lombares parecem estar fraturadas, minha sínfise pubiana está inflamada, meu caderno virou um amontoado de folhas e eu, definitivamente, quero comer o chocolates dela. 
É fatídico, os deixei expostos, mas sem carta, talvez eu nem entregue pois acordei insegura. Ah, prantos novos, velhas dores, nada que uma noite de remédios não cure.

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