domingo, 24 de janeiro de 2016

Só emoção

Eu queria apenas sentir mas pra o poeta nada é feito se não se escreve. Alguma razão desconhecida pelo mundo traz tanta dor, tantas facas que esfolam meus pensamentos. Hoje, toda vez que penso algo bom vem a razão e me dá um tiro à queima roupa. Eu sou inimiga da razão. Eu já fui amiga mas, nesse momento, ela me quer morta. E a morte vem nessas músicas melódicas, em pedir que a única pessoa que me faz sentir que não importa passado ou futuro saia de perto. 

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Poderia eu supostamente deixar que o doce teu saia aos poucos da minha pele mas, imagina, que louco, eu sem te poetizar um dia? Há tantas canções, poemas e gritos que te descreve tão bem que eu prefiro dar asas ao infinito sussurrando um novo adjetivo toda vez que você passa. Disfarçar? Ah, meu ego disfarça melhor que qualquer ator global e, sem decorar uma linha sequer, finjo estar perdida neste mundo catastrófico. Na verdade estou muito mais aqui.
Você  respira e o ar vem destruindo a necessidade mental de que não consiga mais. Assim não há calor que cure esse frio que percorre cada osso. A impotência de te ver em todo lugar e não te encontrar é atordoante. 

quinta-feira, 19 de março de 2015

Um Momentinho, senhora.

Dia após dia, me envolvendo com teus rabiscos, vi, hoje, um alguém tão diferente. É tormentoso aceitar que eu sempre te vi mergulhado em planos que não ia mesmo cumprir e aceitava cada um destes erros: eu te convencia que era verdade tua mentira e, nela, acreditei. Tu, ao contrário de mim,  sabes exatamente a hora certa de soltar o fio e perder a meada... Inclusive solta ele como quem já sabia mesmo que ia soltar. Ora, ser uma imensa prova de que algo é possivel na tua vida nunca poderia preencher o espaço que a ti preparei.
Esse é outro daqueles momentos que eu escrevo na esperança de que leias, que responda, que me explique suas verdades.

sexta-feira, 6 de março de 2015

Mas eu sei que vai ler

       Ela nunca precisou abrir os braços e esperar na chuva o que há de vir. Sempre que pude deitei em poesias pra ser manso o suficiente, petalado em palavras mais soltas que o teu perfume quando vem até mim. Era bem esse sorriso indecifrável que me levava ao olhar real...
     Chega de insistir, o plano era que tudo fosse agradável ao tempo e cá estou eu escrevendo pra você não ler.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

O dia em que corri

Claro que eu corri. Eu não sabia mais o que fazer. Eu levei mais de 2 minutos pra entender o que significava não aceitar ser a mulher da minha vida e, no fim do processo, simplesmente doeu. Nossos problemas "sem nome" e sem descrição bateram em mim como uma construção que cai nos ombros do pedreiro e eu precisei ficar longe. Você sabe, a ultima coisa que eu queria era ficar longe, mas me pareceu tão errado estar lá, sem armadura nenhuma perto de você.
Me afastei.
Foram poucos segundos até você me trazer pra perto - eu chorei baixinho como faço todas as vezes que algo me machuca - e, apesar de você não ver aquilo, ao virar, te vi com lágrimas mas íntegra. Eu senti outro muro cair na minha cabeça. Eu saí de perto, MESMO.

Eu achava que você escutava o meu choro lá de longe, mas você não escutava.