quarta-feira, 20 de maio de 2015

Poderia eu supostamente deixar que o doce teu saia aos poucos da minha pele mas, imagina, que louco, eu sem te poetizar um dia? Há tantas canções, poemas e gritos que te descreve tão bem que eu prefiro dar asas ao infinito sussurrando um novo adjetivo toda vez que você passa. Disfarçar? Ah, meu ego disfarça melhor que qualquer ator global e, sem decorar uma linha sequer, finjo estar perdida neste mundo catastrófico. Na verdade estou muito mais aqui.
Você  respira e o ar vem destruindo a necessidade mental de que não consiga mais. Assim não há calor que cure esse frio que percorre cada osso. A impotência de te ver em todo lugar e não te encontrar é atordoante.