sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Um soneto sem métrica



Porque se desfaz assim?
Cria sonhos como fetiches
Em mim, a fúria: tu existes!
Será isto algo tão ruim?

Que serias eu sem ti, enfim?
Carne, osso e lágrimas
Música, poesia e rimas
Aqui gritar sempre como folhetim?

É sempre o mesmo que me enforca
Querer e não querer faz mal
O que apenas me conforta

Quem dera ao menos corta
O laço que, gauche, nos é brutal
E sempre a mim retorna.

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